Aprender a ser poeta

De onde vens tu meu ser inconstante?
cravado a diamante, pérola preciosa
por onde segues sozinho ser crucificado,
nesse manto alado de luz perigosa?

Conta-me por onde andaste estes dias
onde passaste as noites frias, do inverno passado?
conta-me como foste tu tão longe num só lamento
mostra-me cada momento em que foste aprisionado

Viste os rios e os sóis do leste do mundo?
conseguiste ir ao fundo, do nosso paraíso?
não te perdeste em tal viagem falhada?
viste o sol da madrugada sempre com um sorriso?

Sei que a lua te guia nessas noites nubladas
te mostra várias estradas, cheias de rosas
mas tu nem sempre vais por caminhos brilhantes
gostas mais de seres inconstantes cheios de prosas

Agora rende-te a este poeta obscuro
encosta o corpo ao muro, entrega-te a mim
põe as mãos prontas para a prisão
pois, queiras ou não, gostas de mim assim!

3 comentários:

Anónimo disse...

Vi o seu blog e achei-o simplesmente magnífico! Acho que tem um excelente conteúdo, e deixe-me que lhe diga que um muito talento!
Siga com esse talento e brinde-nos com esplendorosos poemas!
Boa sorte!

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Ana disse...

...odeio a maneira como me consegues surpreender a cada nova linha...