Estrela da Tarde (que me tarda)



Em honra desse grande Senhor...Poeta...
Senhor que escreveu coisas maravilhosas, das quais destaco...

Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia

José Carlos Ary Dos Santos

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Tento escrever um poema, mas faltam-me as letras e pior que isso, falta-me a vontade para o escrever. Pela primeira vez na vida faltam-me as palavras e as devidas ligações das mesmas ao que sinto.
Sinto-me com medo.
Mas ao mesmo tempo não sinto nada, apenas uma sensação de tristeza. E tenho medo.
Sinto uma sensação de pura impotência, e o ar foge-me das mãos.
A vida desilude-me, o medo da dor corrói todo o meu corpo. E no entanto, estou aqui sozinho, a pensar no que perdi, nos erros que cometi e naquilo que ainda não vivi.
E não consigo perceber o porquê do medo não me ter medo, do medo se apoderar de mim e de eu não lutar.
Sinto-me fraco, como um farrapo sem vida.
E continuo sem perceber o que fiz de errado.
Sinto-me revoltado. E ao mesmo tempo não sinto nada, apenas um leve arrepio que me congela, que me revela, frágil.
Queria escreve aqui o mais belo dos poemas e ao mesmo tempo não queria ser poeta, queria ser profeta e adivinhar o futuro.
E afinal o que me resta? Nada, eu não sou nada, sinto-me minúsculo, sinto-me como se não soubesse sentir.
Sinto-me perdido.
E ao mesmo tempo sinto-me clarividente.
Queria ter forças para ser poeta, queria saber as palavras mágicas que me levariam ao local certo, mas não passo de nada, não sou mais do que um simples conjunto de passos mal dados.
Sinto-me sem sentido.
E sinto-me perdido.
É ridículo, tudo o que a vida nos dá não passa de nada, e eu não sei viver.
Olhando para o passado percebo que os dias me fogem e me deixam cada vez mais sozinho, percebo claramente que nada percebi até agora. E apesar das frases, das fases da minha vida não fazerem sentido sinto-me forte.
Sinto-me sem norte, sinto-me só!
E ao sentir-me forte fico sem forças, já não sei nada sobre as certezas que tinha. Por onde andei eu estes anos todos?
Estive onde sempre estou,num mundo distante onde tudo é nada. Mas eu quero mais e por isso sinto me fraco. Sinto-me vazio.
Em fundo ouço HISTÓRIAS e a dor aumenta e o sofrimento que sempre me atormenta não sai de mim.
Sinto-me pronto e ao mesmo tempo não paro de pensar qual o sentido desta existência solúvel e rarefeita.
Não tenho nem mais uma lágrima e ao mesmo tempo choro sem parar por não me sentir completo.
Não sei mesmo se o que ganho compensa tudo o que já perdi nesta vida. E sinto-me só.
Nestes dias percebo o Robert.
Nestes dias lembro-me do Hugo.
O amor mata, o amor mói. O amor corrompe e deixa marcas que nem o tempo pode apagar.
Só me falta entender isto tudo. Só me falta tudo.
E ao perceber que estou a passar ao lado, sei que não sei nada e que de nada servem estas palavras.
Queria então ser poeta, saber escrever um poema, mas nada, eu não sou nada e nada escrever eu sei.
Sinto-me eu. E ao mesmo tempo não sei quem eu sou.
Dói-me a alma e sofro de tudo, mesmo sabendo que sinto nada, eu sofro tudo.
Tapo os ouvidos, fecho os olhos e deixo de pensar. E, sinto nada, continuo nada, sem ter lugar.
Sinto-me só e não quero parar de escrever.
Alguém, eu quero ser alguém, mas ao mesmo tempo eu quero nada.
Sofrido, passo a noite em um só sentido.
E sinto-me sem saber o que sentir.
Queria neste momento não estar aqui, ser outro, ou não ser nada.
Sinto-me só. Só me sinto assim.
Mas não sei o que sentir.
Sofro então desta recaída e não sei mesmo para onde me virar. Ao longe já não vejo nada, ao longe não me revejo.
E ao sentir que me perdi, sinto-me sem sentido.
A dor não passa, a fome de outra vida aperta e eu não sei o que sentir.
Sinto-me fraco.
Pela primeira vez eu não sei nada, eu não sei o que sentir.
Não quero perder mais nada.
Tenho medo do medo me vencer. E quero parar de escrever.


Quero escrever um poema,
do outro lado do rio,
sentado ao pé de ti.
Quero saber o teu lema,
e ao sentir o teu frio,
quero fingir que morri.

Quero navegar nesse mar,
do outro lado da lua,
acompanhado por ti.
Quero sentir me acalmar,
do outro lado da rua,
quero chorar por ti.

Os poemas não fazem mais sentido, nada na vida é ou pode ser tão poético quanto eu o sinto.
Sinto-me sem sentido, sinto um sorriso sofrido, sinto me morto, morri?

Histórias




Poema sem voz...

It's been too hard living, but i'm afraid to die,
Cause I don't know what's up there beyond the sky!

Deusa do Sul


Tu és...

Um sorriso perfeito,
um amor no peito,
um olhar encantado,
um cabelo molhado,

Tu és...

Um olhar de mulher,
um sorrir de menina,
numa noite qualquer,
deusa libertina.

Tu és...

Um segredo distante,
um profundo desejo.
num mero instante,
és um simples beijo.

Tu és...

Uma deusa do sul,
uma flor do equador,
sobre este mar azul,
derramo minha dor.

Tu és...

Um silencio mudo,
um ideal de mulher,
tu podes ser isto tudo,
ou outra coisa qualquer.
Sei que há momentos na vida em que as forças nos faltam, em que nada parece certo, em que nada nos dá aquele sentido de vida que todos devemos ter.
Ontem mais um dos heróis da minha infância partiu, não aguentou mais o sofrimento. Dou por mim devastado pela morte de uma pessoa que quem nunca estive, com quem nunca sequer troquei uma palavra.
Lembro-me bem dele, lembro-me que quem sente o futebol faz amizades com os seus ídolos e lembro-me do Robert na baliza do meu clube. Lembro-me de com 15 anos admirar as suas defesas.
E, no fundo, percebo a sua decisão.
O sofrimento por vezes mata, a dor de perder alguém por vezes mata.
Ontem, Robert não aguentou mais o tormento que o perseguia à cerca de dois anos.
Ontem, Robert partiu para junto de Lara.
Que estejas agora feliz, e que voltes sempre que quiseres.

Até sempre Robert!

The Unlucky desire...

But i want you to know that you're not alone, our paths were made to cross.
I didn't know how,i didn't know when, but things have changed now.
Things no longer going to unfold undesired fear. My gift to you is release from that thread from the feeling that you're no longer in control.
Live your life,live every day and Know that the future is unwritten.
Make the most of that.

Por tudo o que significa...





I follow the Moskva
Down to Gorky Park
Listening to the wind of change
An August summer night
Soldiers passing by
Listening to the wind of change

The world closing in
Did you ever think
That we could be so close,like brothers
The future's in the air
I can feel it everywhere
Blowing with the wind of change

Chorus:
Take me to the magic of the moment
On a glory night
Where the children of tomorrow dream away
In the wind of change

Walking down the street
Distant memories
Are buried in the past forever

I fallow the Moskva
Down to Gorky Park
Listening to the wind of change

Take me to the magic of the moment
On a glory night
Where the children of tomorrow share their dreams
With you and me

Take me to the magic of the moment
On a glory night
Where the children of tomorrow dream away
In the wind of change

The wind of change blows straight
Into the face of time
Like a stormwind that will ring
The freedom bell for peace of mind
Let your balalaika sing
What my guitar wants to say

Take me to the magic of the moment
On a glory night
Where the children of tomorrow share their dreams
With you and me

Take me to the magic of the moment
On a glory night
Where the children of tomorrow dream away
In the wind of change