Midnight rain paradise

Tell me what is wrong with me?



Mir sagen, was falsch ist mit mir?

Кажи ми какво не е наред с мен?


Řekni mi, co se děje se mnou?
Fortæl mig, hvad der er galt med mig?


Kerro minulle, mikä on vialla?

Πες μου τι είναι λάθος με μένα;

Vertel me wat is er mis met mij?

Iliada...(dedicado a quem me acha poeta)

Sou um lutador renascido nos ventos do norte, nos ventos da morte,
perdi tudo o que fiz, e não morri por um triz,
sou um cavaleiro andante, por vezes distante, por vezes errante,
fiz magia com os dedos, matei alguns medos, escondi segredos,
e sou ainda inacabado, procuro um raro ideal ainda codificado.

Não sou mais do que um simples mortal, quase sempre banal,
sou apenas mais um neste silêncio tardio, sobrevivo por um fio,
por pouco não me sufocam as letras e não me perco nas rectas.

Que silencio.

Falem para mim mortais,
o luz do sol ficou no sul do mundo,
as rimas que vos escrevia morreram,
e eu,

mero condenado,

morri!

"Nada podemos contra ela, não há força que a vença, só se pode fugir."

A minha arma é um poema

Estou de volta do mar do sul,
onde perdido me encontrei,
choro ao longe esse mar azul,
onde um dia regressarei!

Eu não morro com uma mera facada,
eu morro por tudo e por nada...
sinto uma dor no fundo do ser,
sinto a morte a tentar-me comer!

Mente de crime, pistola armada
sem balas me tentaram calar...
desvio o meu corpo da tua espada
quero quem me possa ressuscitar!

Cinzenta tarde de verão

Um simples olhar em frente,
uma simples escada cinzenta,
vejo bem toda esta gente...
tristeza que me desalenta.

Os novos vão em corrida,
os mais velhos em passos lentos,
marcas de uma longa vida...
feita de poucos alentos!

Quais serão os seus segredos?
Serão eles felizes nesta vida?
muitos no rosto trazem medos,
trazem no corpo uma ferida!

Alguns, já sem sonhos para sonhar,
apenas com dias infindáveis...
alguns nunca chegaram a amar,
levam consigo poucos dias memoráveis!

E aquele bebé que chegou agora?
qual será o seu destino?
sorrirá tanto quanto chora?
ou viverá como mais um clandestino?

Já as vejo a saírem pelos teus olhos,
esse teu ar de quem nunca sonhou...
procura novos caminhos aos molhos...
ir por onde eu já fui nunca chegou!