Anti-Rakovina

As palavras, que muitas vezes não me chegam, custam a gastar. Muitas vezes o silêncio vence o maior dos poemas. E eu, as vezes, tento ser poeta. Eu bem tento. Mas ao mesmo tempo eu não quero tentar, nem sequer por um minuto ser o que não me está na alma. Mas ao mesmo tempo percebo que fazer poemas é muitas vezes arriscar novos caminhos, ou então percorre-los doutro modo.
Voltar atrás...é esse o verdadeiro valor do poema.
E é a pensar em ti que escrevo, tu que não podes voltar atrás, não podes escolher novo caminho. Eu vejo a tristeza nos teus olhos, e isso dói. Dói como nunca antes tinha doído. Eu sei que nunca farei sequer ideia do sentimento que te vai na alma, eu sei que...se pudesses mudarias tudo. Mas a vida é mesmo assim, temos de assumir todos os nossos erros e lutar contra as suas consequências.
E, tudo isso, mudou a minha percepção do mundo. Mudou mesmo a minha forma de ser. Porque a dor mata. E esta dor mata mais do que qualquer outra.
E o que me dói mais é mesmo perceber que cada vez que volto a fazer aquele caminho, morre mais um pouco de ti e ao mesmo tempo de mim.
Eu não quero voltar. Eu não quero perder. Eu quero-te aqui para sempre.

O nosso caminho está traçado...o nosso destino? Só pode ser o da vitória.

Esta foi sem dúvida a pior coisa que escrevi na vida.

Na tua...ou na minha?

Sentado na minha calma,
tento calcular a distância,
entre a paz da minha alma,
e a felicidade da minha infância.

E, ao perceber que o resultado,
era mais que infinito,
tentei pensar um bocado,
lutei contra o já escrito.

Percebi, que erradamente,
tenho perdido o meu rumo,
e que infelizmente,
levo vida com pouco sumo.

Apetecia-me fazer diferente,
e virar pra outra rua.
Queria ser inconsciente,
e virar para a tua...