Partiu sem rumo
Ao fundo eu já a via,
sentada nas suas dores,
triste com os seus amores,
esperando só por mim.
Ali parada,
mostrou-me os seus medos,
os seus mais negros segredos,
como se não tivessem fim.
E ao ver-me,
pediu-me só um carinho,
mais um beijo pequeninho,
no canto da sua boca.
E sorriu,
deixou meu olhar gelado,
sem rumo, desencontrado,
como nunca antes fez.
Ali parada,
declarou o seu amor,
apagou toda a dor,
por uma última vez.
E ao ver-me,
pediu-me só um carinho,
mais um beijo pequeninho,
no canto da sua boca.
E beijou,
meus lábios já derretidos,
meios de amor invadidos,
pelo seu olhar.
Ali parada,
mostrou-me um novo mundo,
um amor muito mais profundo,
só por um vez me beijar.
E ao ver-me,
pediu-me só um carinho,
mais um beijo pequeninho,
no canto da sua boca.
Mas partiu,
deixou só a lembrança,
e nem um pouco de esperança,
de a voltar a beijar.
Ali já não estava,
a mulher que vem do sul,
do mais profundo azul,
do mais longínquo mar.
E ao ver-me,
já não vi o seu perfil,
mesmo contando até mil,
ela já não estava ali.
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