Eu construí a sereia,
de um simples punhado de areia,
eu fiz o mar e o céu,
de um simples pensamento teu!
Eu desenhei teu olhar,
com uma onda do mar,
fiz teu rosto de um beijo,
tudo com um simples desejo!
Eu inventei teu cabelo,
com a linha do novelo,
fiz teus caracóis aloirados,
dum monte de simples recados!
Eu, poeta, sem receio,
parti o meu peito a meio,
fiz de ti um arrepio,
deitado na margem do rio!
Eu quase fui com a água,
arrastado pela mágoa,
do silêncio que se ouvia,
no leito no outro dia!
Eu quase fiz um poema,
com um simples teorema,
mas a rima não se deu,
e o poema morreu!
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