Ainda ontem jazia triste como as águas do mar, como um barco parado no tempo de chuva. Ainda ontem te encontrava escondida no mais recôndito canto do meu pensamento, mas, a chuva, hoje, fez escorrer meus pensamentos sombrios e recordou-me de ti. O que faço eu agora, pobre coitado cheio de saudades da tua presença?
A chuva torna-se muitas vezes um grande aliado das mais fortes das saudades, e muitas vezes ainda, a chuva trás consigo um vento que gela o meu pensamento saudoso. Compenetrado nesse mesmo pensamento, recordo-me de ti.
Ao ouvir essa mesma chuva que me acorda, ouço o teu silencio e queixo-me ao vento sobre a tua ausência que já mais parece eterna. Normalmente o vento fala-me de ti, mas hoje o teu silencio não me permite ouvir o que o vento me tem para dizer, sendo assim, assumo que nem o vento, nem tu, nem qualquer dos elementos do planeta me querem falar de ti. Apenas saudade!
Ao longe senti um arrepio frio, e ainda mais longe ouvi a tua voz.
Mas depois percebi que continua a chover no meu teclado e ele continua desligado de mim.
O meu computador,
não consegue exprimir a dor
o meu computador,
é autómato e não sente amor.
O meu computador és tu, longe de mim.
VOLTA MUSA
Miss you?
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